CFO

Cibersegurança e CFOs: o novo imperativo para proteger margem, reputação e previsibilidade

ESCRITO POR:

Henrique de Souza

13/11/2025

Cibersegurança

Um alerta recente das autoridades britânicas aos CEOs sobre a falta de preparo cibernético das empresas lançou luz sobre um ponto crítico — mas é o CFO quem carrega hoje uma das maiores responsabilidades silenciosas nessa equação.

Afinal, quando um ataque cibernético ocorre, o impacto mais imediato recai sobre o caixa, os custos operacionais e a margem. O que está em jogo não é apenas tecnologia: é previsibilidade financeira, continuidade do negócio e proteção de valor.


Por que CFOs devem liderar (também) a agenda de cibersegurança?

A cibersegurança é um tema com consequências diretas sobre o P&L (Profit & Loss). Quando tratada como responsabilidade exclusiva da TI, empresas:


  • Subestimam exposições financeiras ocultas (multas, paralisações, resgates, perda de contratos).

  • Assumem riscos de quebras contratuais com parceiros e fornecedores.

  • Perdem negociações com seguradoras por não apresentarem postura madura de segurança.

  • Comprometem a governança esperada por investidores e conselhos.


“A pergunta não é mais se haverá uma tentativa de ataque, mas quanto ela pode custar para o negócio.” — Alerta do GCHQ, Reino Unido


Três razões financeiras para agir agora

1. Previsibilidade de caixa Empresas com planos maduros de cibersegurança conseguem reduzir e controlar impactos inesperados. Isso se traduz em menor variabilidade no fluxo de caixa, menor dependência de contingências e mais estabilidade para projeções financeiras.

2. Redução de custos diretos e indiretos


  • Menos perdas operacionais por downtime ou interrupções.

  • Redução no valor do prêmio de seguros cibernéticos.

  • Evita pagamentos de resgates, multas e gastos emergenciais com recuperação.


3. Proteção da margem em ambientes competitivos Empresas que não sofrem interrupções evitam cancelamentos de contrato, mantêm entregas em dia e protegem o valor percebido da marca.


O papel do CFO como sponsor da cibersegurança

Mais do que aprovar orçamento, o CFO deve ser copiloto dessa transformação ao lado do CEO e do CISO. Seu papel é garantir:


  • Investimento inteligente e escalável: segurança que protege o negócio sem inflar o OPEX.

  • Integração com governança corporativa: dashboards financeiros de risco cibernético.

  • Participação ativa no comitê de resposta a incidentes.

  • Conformidade com marcos regulatórios, evitando passivos fiscais, contratuais e reputacionais.


Um board preparado protege valor e aumenta competitividade

Segurança não é mais apenas proteção — é diferencial competitivo. Empresas maduras:


  • Ganhando acesso a mercados regulados (financeiro, saúde, governo).

  • Aceleram fusões, aquisições e auditorias com documentação robusta.

  • Fecham mais rápido com grandes contas, que exigem segurança na cadeia.


Conclusão

O CFO moderno já não pode se limitar ao controle do orçamento — ele é gestor de riscos e catalisador de valor. Diante do avanço dos ataques e da complexidade das ameaças, espera-se que o diretor financeiro compreenda o custo do “não fazer” em cibersegurança.

Se sua empresa trabalha com projeções financeiras, o risco cibernético não pode estar fora da sua DRE. A maturidade cibernética, quando bem liderada, não é custo. É blindagem de margem.

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